29 de fev. de 2012

Isaías, o Príncipe dos Profetas


Grandiosa é a cena da visão que teve Isaías, no ano 740 antes de Cristo. Deus está sentado num elevado trono, no Templo; junto d'Ele, os Serafins cantam: "Santo, santo, santo é o Senhor Deus do universo! A terra inteira proclama sua glória!" A este brado, as portas estremecem em seus gonzos e o recinto enche-se de fumaça.

Ele grita: "Ai de mim! Estou perdido porque sou um homem de lábios impuros, e, entretanto, meus olhos viram o Senhor dos exércitos!" Um dos serafins, porém, aplica-lhe na boca uma brasa viva, dizendo: "Tendo esta brasa tocado teus lábios, teu pecado foi tirado, e tua falta, apagada".

Nesse instante, ouve ele a voz do Senhor que pergunta: - Quem enviarei Eu? E quem irá por nós?
- Eis-me aqui, enviai-me - prontificou-se ele
.Deus o enviou, e ele transmitiu com fidelidade a palavra do Altíssimo para o povo eleito e todas as nações da terra.


"Apóstolo" e "Evangelista"

Quase nada relata a Escritura Sagrada sobre a vida de Isaías. Sabe-se apenas que era de nobre família, casou-se e teve, pelo menos, dois filhos aos quais deu nomes carregados de mistério e simbolismo: Sear-Iasub (Um-resto-voltará) e Maher-Shalat-Hash-Baz (Pronto-saque-próxima-pilhagem).

Entretanto, suas palavras e seu nome ressoam em incontáveis passagens do Novo Testamento. Tudo quanto dizem os outros profetas sobre o Reino universal de Deus, a ser instaurado pelo Messias, está de alguma forma contido no livro de Isaías, e com tanta clareza e amplitude que São Cirilo não hesita em dar-lhe o qualificativo de "apóstolo", e São Jerônimo de "evangelista".


Profeta messiânico por excelência

De todos os profetas - são 17 os que deixaram obra escrita - nenhum fez o relato completo da vinda do Redentor. Cada um deu sua contribuição parcial para a formação do grandioso conjunto. Seus oráculos se fizeram ouvir sobretudo sob os reis de Judá e na época do Cativeiro de Babilônia, mas a obra só ficou concluída com Malaquias, o derradeiro dos profetas. E quando no deserto o Precursor indicou aos judeus "o Cordeiro de Deus que tira os pecados do mundo" (Jo 1,29), ficou dita a última palavra: estava presente o Simbolizado, Jesus de Nazaré; as expressões simbólicas não mais tinham razão de ser.

Entretanto, quem mais contribuiu para a construção desse magnífico edifício profético foi Isaías, a ponto de poder ele ser considerado o profeta messiânico por excelência.

Tudo quanto havia de bom na humanidade clamava a Deus, implorando a vinda do Redentor. Isaías exprime, em forma de oração, esse ardente desejo: "Derramai das alturas, ó Céus, o vosso orvalho, e as nuvens façam chover o Justo; abra-se a terra e brote a felicidade e ao mesmo tempo faça germinar a justiça" (45, 8).

E é ele ainda quem declara que Jesus será da estirpe de Davi, cujo pai era Jessé: "Um ramo novo sairá do tronco de Jessé, e um rebento brotará de suas raízes. Sobre ele repousará o Espírito do Senhor (...) o rebento de Jessé, posto como estandarte para os povos, será procurado pelas nações e gloriosa será sua morada" (11, 1-10).


Narração antecipada do Evangelho

Quando o Arcanjo Gabriel saudou a Virgem Maria na humilde casa de Nazaré, cumpriu-se uma das mais importantes profecias de Isaías: "Uma virgem conceberá e dará à luz um filho, e o chamará Deus Conosco" (7, 14).

Em termos poéticos, anuncia ele, com oito séculos de antecedência, a entrada do Messias neste mundo: "O povo que andava nas trevas viu uma grande luz; sobre aqueles que habitavam uma região tenebrosa resplandeceu uma luz" (9, 1). Previsão cujo cumprimento São João comprova em seu Evangelho, empregando os mesmos vocábulos: "A luz resplandece nas trevas (...) a verdadeira luz que, vindo ao mundo, ilumina todo homem" (Jo 1, 5 e 9).

São Lucas relata como o próprio Jesus confirma que em sua Pessoa Divina se cumpriam os oráculos desse grande profeta: "Dirigiu-se a Nazaré, onde se havia criado. Entrou na sinagoga em dia de sábado, segundo seu costume, e levantou-se para ler. Foi-lhe dado o livro do profeta Isaías. Desenrolando o livro, escolheu a passagem onde está escrito: 'O Espírito do Senhor está sobre mim, porque me ungiu; e enviou-me para anunciar a boa nova aos pobres, para sarar os contritos de coração, para anunciar aos cativos a redenção, aos cegos a restauração da vista, para pôr em liberdade os cativos, para publicar o ano da graça do Senhor'. E enrolando o livro, deu-o ao ministro e sentou-se; todos quantos estavam na sinagoga tinham os olhos fixos nele. Ele começou a dizer-lhes: Hoje se cumpriu este oráculo que vós acabais de ouvir" (Lc 4, 16-21 - Is 61, 1-2).

Não menos categóricas são suas previsões a respeito da Paixão e Morte do Salvador: "Ele foi castigado por nossos crimes, e esmagado por nossas iniquidades (...) como um cordeiro que se conduz ao matadouro, e uma ovelha muda nas mãos do tosquiador, Ele não abriu a boca. Por um iníquo julgamento foi arrebatado. (...) ao morrer, achava-se entre malfeitores" (53, 5-9).

Ao ler tudo isso, não se pode deixar de concordar com a afirmação de um comentarista: "Isaías escreveu antecipadamente o Evangelho".


Aspecto importante das profecias

Entretanto, as profecias não se limitam à vinda do Filho de Deus, sua Paixão, Morte e Ressurreição. Elas abrangem também a fundação e a expansão de sua Igreja, construída sobre a rocha inabalável.

No próprio dia de Pentecostes, a Igreja de tal forma brilhou diante de numerosos judeus, que foram batizadas três mil pessoas só nessa ocasião.

Deve ela, entretanto, resplandecer muito mais, na terra inteira. São bem ilustrativos, a este respeito, os dois trechos abaixo, de Isaías: "No fim dos tempos, acontecerá que a montanha da casa do Senhor estará colocada no cume das montanhas. Todos as nações acorrerão para ela, e virão numerosos povos, dizendo: Vinde, subamos à montanha do Senhor, à casa do Deus de Jacó; ele nos ensinará seus caminhos, e nós trilharemos as suas veredas" (2, 1-3).

O profeta se vale da realidade conhecida (o monte do Templo, em Jerusalém), como símbolo para exprimir aquilo que lhe é revelado: na era messiânica, a montanha da casa do Senhor (a Igreja Católica) estará estabelecida "no cume das montanhas", isto é, colocada em posição de ser vista e reconhecida por todas as nações da terra. Pelo esplendor de sua luz, ela atrairá a si todos os povos e lhes ensinará o caminho da salvação.

Mais adiante, novo oráculo mostra o imenso amor de Deus pela sua Igreja, a qual Ele recobrirá dos mais preciosos ornamentos da santidade, simbolizados da seguinte forma: "Eis que eu alinharei tuas pedras e te edificarei em pedras de jaspe, sobre alicerces de safira. Farei tuas portas de cristal, e de pedras preciosas todo o teu recinto. Todos os teus filhos serão instruídos pelo Senhor" (54, 11-13).
De que modo, e quando, se cumprirão por inteiro essas profecias? Não se referem elas ao triunfo do Imaculado Coração anunciado por Nossa Senhora em Fátima?


Por Madre Mariana Morazzani Arráiz, EP.

24 de fev. de 2012

Quaresma, a luta contra o pecado

‘Se não fizerdes penitência, todos perecereis’

Desde o início do Cristianismo a Quaresma marcou para os cristãos um tempo de graça, oração, penitência e jejum, com o objetivo de se chegar à conversão. Ela nos faz lembrar as palavras de Jesus: “Se não fizerdes penitência, todos perecereis” (Lc 13,3). Se não deixarmos o pecado, não poderemos ter a vida eterna em Deus; logo, a atividade mais importante é a nossa conversão, renunciar ao pecado.

Nada é pior do que o pecado para a vida do homem, da Igreja e do mundo, ensina a Igreja; por isso Cristo veio, exatamente, “para tirar pecado do mundo” (cf. Jo 1, 29). Ele é o Cordeiro de Deus imolado para isso.

São Paulo insiste: “Em nome de Cristo vos rogamos: reconciliai-vos com Deus!” (2 Cor 5, 20); “exortamo-vos a que não recebais a graça de Deus em vão. Pois ele diz: Eu te ouvi no tempo favorável e te ajudei no dia da salvação (cf Is 49,8). Agora é o tempo favorável, agora é o dia da salvação” (2 Cor 6, 1-2).

A Quaresma nos oferece, então, esse “tempo favorável” para deixarmos o pecado e voltarmos para Deus. E para isso fazemos penitência. O seu objetivo não é nos fazer sofrer ou nos privar de algo que nos agrada, mas ser um meio de purificação de nossa alma. Sabemos o que devemos fazer e como viver para agradar a Deus, mas somos fracos; a penitência é feita para nos dar forças espirituais na luta contra o pecado.

A melhor Penitência, sem dúvida, é a do Sacramento que tem esse nome. Jesus instituiu a Confissão em Sua primeira aparição aos discípulos, no mesmo domingo da Ressurreição (cf. Jo 20,22) dizendo-lhes: “A quem vocês perdoarem os pecados, os pecados estarão perdoados”. Não há graça maior do que ser perdoado por Deus, estar livre das misérias da alma e estar em paz com a consciência.

Além do Sacramento da Confissão a Igreja nos oferece outras penitências que nos ajudam a buscar a santidade: sobretudo as recomendadas por Jesus no Sermão da Montanha (cf. Mt 6,1-8): “O jejum, a esmola e a oração”, chamados pela Igreja de “remédios contra o pecado”.

Cristo jejuou e rezou durante quarenta dias (um longo tempo) antes de enfrentar as tentações do demônio no deserto e nos ensinou a vencê-lo pela oração e pelo jejum. Da mesma forma, a Igreja quer ensinar-nos como vencer as tentações de hoje. Vencemos o pecado praticando a virtude oposta a ele. Assim, para vencer o orgulho, devemos viver a humildade; para vencer a ganância devemos dar esmolas; para vencer a impureza, praticar a castidade; para vencer a gula, jejuar; para vencer a ira, aprender a perdoar; para vencer a inveja, ser bom; para vencer a preguiça, levantar-se e ajudar os outros. Essas são boas penitências para a Quaresma.

Todos os exercícios de piedade e de mortificação têm como objetivo livrar-nos do pecado. O jejum fortalece o espírito e a vontade para que as paixões desordenadas (gula, ira, inveja, soberba, ganância, luxúria, preguiça) não dominem a nossa vida e a nossa conduta.

A oração fortalece a alma no combate contra o pecado. Jesus ensinou: “É necessário orar sempre sem jamais deixar de fazê-lo” (Lc 18,1b); “Vigiai e orai para que não entreis em tentação” (Mt 26,41a); “Pedi e se vos dará” (Mt 7,7). E São Paulo recomendou: “Orai sem cessar” (I Ts 5,17).

A Palavra de Deus nos ensina: “É boa a oração acompanhada do jejum e dar esmola vale mais do que juntar tesouros de ouro, porque a esmola livra da morte, e é a que apaga os pecados, e faz encontrar a 
misericórdia e a vida eterna” (Tb 12, 8-9).

“A água apaga o fogo ardente, e a esmola resiste aos pecados” (Eclo 3,33). “Encerra a esmola no seio do pobre, e ela rogará por ti para te livrar de todo o mal” (Eclo 29,15).Então, cada um deve fazer na Quaresma um “programa” espiritual: fazer o jejum que consegue (cada um é diferente do outro); pode ser parcial ou total. Pode, por exemplo, deixar de ver a TV, deixar de ir a uma festa, a uma diversão, não comer uma comida de que gosta ou uma bebida; não dizer uma palavra no momento de raiva ou contrariedade, não falar de si mesmo, dar a vez aos outros na igreja, na fila, no ônibus; ser manso e atencioso com os outros, perdoar a todos, dormir um pouco menos, rezar mais, ir à Santa Missa durante a semana… Enfim, há mil maneiras de fazer boas penitências que nos ajudam a fortalecer o espírito para que ele não fique sufocado e esmagado pelo corpo e pela matéria.

A penitência não é um fim em si mesma; é um meio de purificação e santificação; por isso deve ser feita com alegria.

Prof. Felipe Aquino

7 de fev. de 2012

Deus pode tudo, mas não pode forçar você a amá-Lo

Por que Deus se esconde?
Se Deus quer a salvação de todos, por que então alguns nascem pagãos ou ateus?






A pergunta é um falso problema.
Se Deus é onipotente, pode e sabe tudo, por que já não nos deu a evidência, a clareza de sua existência de tal forma que não fosse necessário buscá-lo continuamente. Por que Deus não se impõe?
Pela própria natureza da verdade e do amor divinos. Ele é uma verdade tal que quem o vir face a face não será capaz de resistir, de dizer não. Não poderíamos então escolher e amar livremente, dizer quero ou não quero.
Na sua infinita bondade Deus quer filhos que O amem livremente. Isto faz parte da natureza do amor da criatura.
Deus pode tudo, mas não pode forçar você a amá-Lo. Se fizesse isso, não seria amor que, por definição, precisa ser livre e espontâneo. Por isso Deus, na sua bondade, se esconde de nós para que, atraídos por Ele de forma indireta, possamos livremente buscá-Lo, livremente amá-Lo e livremente servi-Lo. Então poderemos viver a alegria plena.
Nosso amor eterno por Deus depende da liberdade exercida enquanto ainda não o vemos face a face. Por isso é que precisamos levar esta vida muito a sério.

Existem pessoas atéias porque existe a liberdade.
Porém, ninguém é ateu naturalmente. Deus nos criou voltados para Ele. A tendência natural do ser humano é a fé. A falta de fé é algo contrário à natureza humana e destrói o ser humano, ninguém é ateu e é feliz, tranquilo e realizado. Ser ateu é necessariamente uma posição contrária à natureza e exige esforço.
Por isso que o futuro da humanidade jamais será o ateísmo.
Hoje devemos temer o neopaganismo e lutar contra a idolatria, contra os deuses falsos.
O racionalista moderno infla o ego e acha que não precisa de Deus. Mas assim que a pessoa abraça essa idéia, percebe-se que sua vida está cheia de deuses falsos, mesmo que ela não o admita.

A maior parte dos ateus dos séculos 19 e 20 tiveram deuses falsos e não foram ateus, mas caíram na idolatria de Adão e Eva quando a serpente disse 'sereis como deuses' e também eles quiseram ser deuses.

Fonte: http://www.pr.gonet.biz/kb_read.php?pref=htm&num=1223

1 de fev. de 2012

Retiro de Carnaval IDE E INCENDIAI!

Nós, do Santos ou Nada, estaremos lá! Venha participar conosco!
Restam ainda 30 vagas.




Inscrições no site: www.casamonscatao.com.br

Telefone: 083 8810 3974 

Local: RCetra Casa de Retiro(Bancários)

Valor: R$ 80,00 4 dias ( de 18 a 21 fev) Todas as refeições inclusas.

Participação: Ministério Halleluya

Realização: Casa de Evangelização Monsenhor Aloísio Catão