26 de fev. de 2011

Notícias que a mídia abafa


Qualquer estudante de Jornalismo pode ressaltar que, na Colação de Grau, juram pela verdade e nada publicarão de maneira tendenciosa. Serão sempre neutros e noticiarão em nome da Justiça e da Ética. Óbvio que isso, na realidade, não existe. Até existe, mas são pouquíssimos (e estes quase não têm ibope, infelizmente). Já está escarrado em nossas caras a imprensa marrom, a falta de neutralidade nas notícias, bem como a maneira de subverter a verdade em prol do dinheiro.

Na atualidade, nunca se falou tanto em "direitos humanos". E neste campo, tudo o que é tido como religioso (leia-se católico) é contra estes direitos, a saber: aborto, casamento homossexual e adoção por pares homos, anticoncepcionais artificiais, etc. Para afirmar na imprensa que devemos ser contra estes princípios, os jornais não se cansam de trazer notícias de pedofilia, homossexualismo ou qualquer outro escândalo que envolva o Clero - passando a imagem de que só no Clero é que existam coisas do tipo. Mas por que a mídia se cala, literalmente abafa notícias que "desfavoreceriam" os que rogam pelos direitos "humanos"?

Enquanto a mídia escancara a matéria em que a Academia Islâmica exige do Papa Bento XVI pedido de desculpas pelas Cruzadas (é, as Cruzadas, aquilo que salvou a Terra Santa de um muçulmanismo total, e que por meio delas chegou até nós a Cultura, a Ciência - toda a sorte de Ciência -, a Filosofia, a Literatura, a Música, a Universidade, bem como a liberdade de crer em que quiser, e não apenas em Alá); a mídia abafou a morte do médico ginecologista norte-americano Bernard Nathanson, que tornou-se militante pró-vida após abortar cinco mil crianças. Sua história é belíssima. Este homem se converteu após assistir pelo ultrassom um de seus abortos. Ao ver que a criança lutava para sobreviver, sentiu-se tão culpado que mudou de lado imediatamente. Morreu defendendo as causas evangélicas e a vida. Apenas o jornal Gazeta do Povo midiou (porque o jornalista é católico!). E a Globo? Record? Folha de São Paulo? Nada. E por que? Porque se liberamos uma notícia dessas, permitimos que a população pense (e pensar nunca é bom para eles, os "donos do mundo") que o aborto pode ser re-pensado como um crime, e não como um direito da mulher que carrega o bebê. Você me entende?

Outro fato que a mídia não noticiou foi o assassinato de um menino de 6 anos por um par de gays. Segundo a matéria, o menino morreu após seus "pais" o obrigarem a relacionar-se sexualmente com eles. Você se lembra de ter lido isso em algum jornal? Ouviu no rádio, talvez? Na televisão? Não...

Que coisa, não?

O objetivo deste artigo não é safar os sem-vergonhas que estão dentro da Igreja. Há, de fato, muita maçã podre. Porém, o que eu quero - e é o que eu realmente quero - é que a mídia seja um instrumento da verdade. Já está exaustivo perceber que o sensacionalismo, que a necessidade de re-transmitir matérias que inibam o pensamento crítico seja o motor da imprensa. Queremos algo realmente verdadeiro, que fale a verdade, que noticie a justiça e que abandone a mentira em nome do dinheiro, pois se continuar assim, nós, cristãos, teremos apenas dois nomes: o de homofóbicos e o de preconceituosos.

Que São Francisco de Salles e Santa Joana de Chantal, padroeiros dos jornalistas, roguem por nós e pela verdade.

Pax.

Fonte: Regina Apostolorum

21 de fev. de 2011

Podem comungar os divorciados que voltaram a casar?



Os membros da Congregação para a Doutrina da Fé, em uma carta a todos os bispos do mundo datada de 14 de outubro de 1994 diz :

"A crença errônea que tem uma pessoa divorciada e novamente casada, de poder receber a Eucaristia normalmente, presume que a consciência pessoal é levada em conta na análise final, de que, baseado em suas próprias convicções existiu ou não existiu um matrimônio anterior e o valor de uma nova união. Esta posição é inaceitável. O matrimônio, de fato, porque é a imagem da relação de Cristo e sua Igreja assim como um fator importante na vida da sociedade civil, é basicamente uma realidade pública."

Com este documento a Santa Sede afirma a contínua teologia e disciplina da Igreja Católica, de que aqueles que se divorciaram e voltaram a casar sem um Decreto de Nulidade, para o primeiro matrimônio (indistintamente se foi realizado dentro ou fora da Igreja), se encontra em uma relação de adultério, que não lhe permite arrender-se honestamente, para receber a absolvição de seus pecados e receber a Santa Comunhão. Até que se resolva a irregularidade matrimonial pelo Tribunal dos Processos Matrimoniais, ou outros procedimentos que se aplicam aos matrimônios dos não batizados, não podem aproximar-se aos Sacramentos da Penitênica nem à Eucaristia.

Como menciona o Papa João Paulo II no documento da Reconciliação e a Eucaristia, a Igreja deseja que estes casais participem da vida da Igreja até onde lhes forem possível (e esta participação na Missa, adoração Eucarística, devoções e outros serão de grande ajuda espiritual para eles) enquanto trabalham para conseguir a completa participação sacramental.
Só poderiam comungar se, evitado o escândalo e recebida a absolvisão sacramental, se comprometam a viver em plena continência, disse a Sagrada Congregação para a Doutrina da Fé.

No discurso do Papa João Paulo II no encerramento do Sínodo celebrado em Roma em outubro de 1980, disse que a Igreja deveria manter a convicção de não admitir à comunhão eucarística ao divorciados que voltaram a casar. A não ser quando não possam se separar, prometam viver em total continência, sempre que não seja motivo de escândalo. Em todo caso, acrescenta o Papa, devem perseverar na oração para conseguir a graça da conversão e da salvação. Entretanto isto não acarreta que não possam batizar a seus filhos. Deve-se estudar cada caso e ver que possibilidades oferecem de educar na fé católica a seus filhos.

Por outro lado as pessoas casadas só no civil e divorciadas podem comungar. O divórcio civil não é um obstáculo para receber a comunhão. Por ser um ato civil, tudo o que faz, é conseguir um acordo sobre o resultados civis e legais do matrimônio (distribuição das propriedades, custódia dos filhos, etc).

17 de fev. de 2011

Pílula do dia seguinte gera aumento de DST.


Nottingham, 17 Fev. 11 / 11:53 am (ACI)

Um recente estudo de investigadores da Universidade de Nottingham (Reino Unido) revela que a pílula abortiva do dia seguinte não só fracassou em diminuir o número de gravidezes adolescentes, mas também está vinculada ao aumento de Doenças sexualmente transmissíveis (ou DSTs) em menores de 16 anos.

Em declarações recolhidas pelo jornal britânico The Daily Telegraph, o professor David Paton, um dos profissionais responsáveis pela investigação, afirmou que "encontramos que a oferta gratuita da pílula do dia seguinte não obteve o efeito desejado de reduzir as gravidezes de adolescentes, mas teve a conseqüência desafortunada de aumentar as infecções de transmissão sexual".

A pílula do dia seguinte foi utilizada pelo governo britânico como parte de sua estratégia contra gravidezes de adolescentes desde 1999.

Em seu estudo chamado "O impacto dos anticoncepcionais de emergência na gravidez de adolescentes e DSTs", os investigadores usaram dados das autoridades inglesas para examinar o impacto do maior acesso à pílula do dia seguinte por parte dos adolescentes britânicos.

Os cientistas compararam zonas do Reino Unido onde se implementou a distribuição gratuita da pílula a adolescentes, com áreas nas que o plano governamental ainda não tinha sido implantado.

Os resultados mostraram que em ambas as zonas o índice de gravidez em meninas menores de 16 anos permanecia igual, entretanto as enfermidades de transmissão sexual tinham aumentado em 12 por cento nas áreas onde a pílula era distribuída gratuitamente.

Os cientistas acreditam que a causa deste fracasso radica em que o livre acesso à pílula fomenta comportamentos sexuais de risco.

Por sua parte, Norman Wells, diretor da organização britânica pró-família Family Education Trust, disse que as investigações em nível internacional "falharam consistentemente em encontrar qualquer evidência de que os anticoncepcionais de emergência obtenham uma redução nas taxas de gravidezes e abortos".

"Mas agora temos evidência que mostra que elas não só falham em fazer qualquer bem, mas que de fato estão fazendo mal", assinalou Wells. 

A pílula do dia seguinte, também conhecida como "anticoncepção oral de emergência" (AOE) é um fármaco cuja dose é 5 a 15 vezes maior que a dos anticoncepcionais comuns. Esta não serve para curar nem prevenir enfermidade alguma.

Ingerir as duas pastilhas sugeridas equivale a tomar 50 anticoncepcionais juntos. Um de seus efeitos medicamente provados, embora negado pelos grupos abortistas, é impedir a nidação ou implantação do óvulo fecundado ou embrião, produzindo umaborto. A Food and Drugs Adminstration (FDA) dos Estados Unidos, o organismo governamental que garante a salubridade dos mantimentos e os remédios nesse país, reconhece este efeito.


***



"O maior destruidor da Paz no mundo hoje é o aborto. Ninguém tem o direito de tirar a Vida: nem a mãe, o pai, o médico, a conferência ou o governo." (Madre Teresa de Calcutá)

15 de fev. de 2011

Temperança: uma arma contra nossos impulsos


Ter domínio sobre os impulsos não é nada fácil. Inúmeras vezes fazemos afirmações que nem sempre somos capazes de cumprir. É um doce que comemos quando estamos fazendo dieta, é um palavrão que falamos, é um julgamento errado que fazemos, enfim, são inúmeros os desvios de conduta que, infelizmente, todos os dias cometemos. Quando menos esperamos estamos desacreditados de nós mesmos, de nossos bons propósitos. 

Como é decepcionante cair nos mesmos erros, confessar quase sempre os mesmos pecados, viver como se estivéssemos em uma montanha-russa, ora em cima na busca pela santidade, ora embaixo, humilhados pelos pecados! 

Porém, para vencer estes maus hábitos, é necessário uma virtude chamada "temperança", em outras palavras também conhecida como "sobriedade" ou "austeridade", que é a virtude moral que modera a atração pelos prazeres e procura o equilíbrio no uso dos bens criados. Ela assegura o domínio da vontade sobre os instintos e mantém os desejos dentro dos limites da honestidade, ou seja, é o controle sobre nossos impulsos, apetites e desejos, conforme nos ensina o Catecismo da Igreja Católica, número 1809. 

Para se ter uma ideia da importância da temperança no caminho de santidade, o Papa João Paulo II, em uma de suas catequeses sobre as virtudes, nos ensinou que: "O homem temperante é aquele que é senhor de si mesmo, aquele em que as paixões não tomam a supremacia sobre a razão, sobre a vontade e também sobre o coração, assim a virtude da temperança é indispensável para que o homem seja plenamente homem, ou seja, o homem temperante, antes de qualquer outra coisa, respeita a própria dignidade".

A temperança é, portanto, uma virtude indispensável para a maturidade do homem, pois é por intermédio dela que nos tornamos pessoas inteiras, ou seja, capazes de retamente buscarmos a santidade. 

Neste processo, é importante reconhecer a nossa condição humana, sobretudo, ter a sensibilidade de identificar nossas fraquezas, investigar as causas de nossas quedas, e não temê-las, pois, na maioria das vezes, elas são mascaradas por prazeres. Assim, muitos se tornam escravos dos desejos e não vencem o desafio da sobriedade.

Ainda nos ensina o Catecismo da Igreja Católica que, para chegarmos à plenitude das virtudes, sobretudo à sobriedade, à temperança, é necessário assumirmos o dom da salvação, trazida por Cristo, suplicando a graça necessária para perseverarmos na conquista das virtudes e sempre recorrendo aos sacramentos. Dessa forma, cooperaremos com o Espírito Santo no intuito de fazer o bem e evitar o mal.

Para vencer nossos impulsos, apetites e desejos, é necessário o esforço humano amparado pela graça de Deus. Com maturidade, reconhecer nossa condição humana e, a partir daí, darmos passos rumo a uma decisão sincera a favor da sobriedade, evitando todos os excessos. Dessa forma, não seremos mais escravos, mas sim homens livres e inteiros, capazes de viver plenamente nossa condição de filhos amados de Deus, criados à imagem e semelhança d'Ele.

Ricardo Gaiotti Silva
Advogado, missionário da Comunidade Canção Nova

11 de fev. de 2011

Carta de um bebê


Oi mamãe, tudo bom?

Eu estou bem, graças a Deus faz apenas alguns dias que você me concebeu em sua barriguinha.

Na verdade, não posso explicar como estou feliz em saber que você será minha mamãe. Outra coisa que me enche de orgulho é ver o amor com que fui concebido.

Tudo parece indicar que eu serei a criança mais feliz do mundo!

Mamãe, já passou um mês desde que fui concebido, e já começo a ver como o meu corpinho começa a se formar. Quer dizer, não estou tão lindo como você, mas me dê uma chance!

Estou muito feliz, mas tem algo que me deixa preocupado…

Ultimamente me dei conta de que há algo na sua cabeça que não me deixa dormir, mas, tudo bem. Isso vai passar, não se desespere.

Mamãe, já passaram dois meses e meio. Estou muito feliz com minhas novas mãos e tenho vontade de usá-las para brincar.

Mamãezinha me diga o que foi? Por que você chora tanto todas as noites?

Por que quando você e o papai se encontram, gritam tanto um com o outro?

Vocês não me querem mais ou o quê? Vou fazer o possível para que me queiram.

Já passaram 3 meses, mamãe, te noto muito deprimida, não entendo o que está acontecendo, estou muito confuso.

Hoje de manhã, fomos ao médico e ele marcou uma visita amanhã. Não entendo. Eu me sinto muito bem. Por acaso você se sente mal mamãe?

Mamãe, já é dia. Onde vamos? O que está acontecendo, mamãe?

Por que choras? Não chore, não vai acontecer nada…

Mamãe, não se deite. Ainda são 2 horas da tarde, não tenho sono, quero continuar brincando com minhas mãozinhas.

Ei! O que esse tubinho está fazendo na minha casinha?É um brinquedo novo?

Olha! Ei, porque estão sugando minha casa?

Mamãe!

Espere, essa é a minha mãozinha!

Moço, por que a arrancou? Não vê que me machuca?

Mamãe, me defenda! Mamãe, me ajude!

Não vê que ainda sou muito pequeno para me defender sozinho?

Mãe, a minha perninha, estão arrancando.

Diga para eles pararem. Juro a você que vou me comportar bem e que não vou mais te chutar.

Como é possível que um ser humano possa fazer isso comigo? Ele vai ver só quando eu for grande e forte… Ai… Mamãe, já não consigo mais… Mamãe, me ajude…

Mamãe, já se passaram 17 anos desde aquele dia, e eu hoje, daqui de cima observo como ainda te machuca ter tomado aquela decisão.

Por favor, não chore. Lembre-se que te amo muito e que estarei aqui te esperando com muitos abraços e beijos.

Te amo muito.

Seu bebê

9 de fev. de 2011

Só na Igreja a Bíblia pode ser compreendida plenamente, diz D. Ladaria


MADRI, terça-feira, 8 de fevereiro de 2011 (ZENIT.org) - A Bíblia cristã surgiu na Igreja e só na Igreja pode ser plenamente compreendida, disse hoje o secretário da Congregação para a Doutrina da Fé, o arcebispo Luis Francisco Ladaria Ferrer.

O prelado interveio no congresso "A Sagrada Escritura na Igreja", que acontece até 9 de fevereiro, no Palácio de Congressos de Madri, com uma conferência focada na "Sagrada Escritura e Magistério da Igreja".
"A relação entre a Sagrada Escritura e o Magistério da Igreja é certamente complexa", reconheceu o prelado jesuíta.
"Por um lado, a primazia da Palavra de Deus deve sempre ser claramente afirmada. Por outro, é preciso afirmar também que a Escritura não pode jamais ser separada da vida da Igreja, que lhe deu origem e que, assistida pelo Espírito Santo, determinou, com decisões solenes, baseadas em uma longa tradição, que livros deveriam ser considerados inspirados pelo Espírito Santo e que entrariam, portanto, no cânon das Escrituras."
"A Igreja é o único âmbito apropriado para a interpretação da Escritura como palavra atual de Deus, porque é o âmbito privilegiado da ação do Espírito."
Neste âmbito, Dom Ladaria colocou a função própria do Magistério, "que, à escuta da Palavra, extrai o que propor a todos os fiéis como verdade revelada".
"Não podemos falar de Escritura sem a Tradição viva da Igreja, que a propõe a nós como tal, e sem o Magistério, que, com sua autoridade, determinou seus limites precisos e julga sobre sua interpretação", indica o representante do Vaticano, quem mostrou como o cânon dos livros revelados já havia sido apresentado no século IV por Santo Atanásio (ano 367) e que chegou ao seu estabelecimento nos concílios de Florença e de Trento.
"Por outro lado, a tradição da Igreja e seu Magistério vivo nos indicam a primazia da Sagrada Escritura, Palavra de Deus em um sentido totalmente singular, como aparece sobretudo na liturgia da Igreja", continuou explicando o prelado.
O princípio "lex orandi, lex credendi", "a lei da oração é a lei da fé", concluiu o prelado, "aplica-se também aqui e nos mostra o lugar privilegiado que a Escritura tem na vida da Igreja e que, por conseguinte, deve ter na vida de todo fiel cristão".
Todas as conferências que já foram pronunciadas no congresso "A Sagrada Escritura na Igreja" estão disponíveis em www.sagradabibliacee.com, onde também são transmitidas online.
Fonte: Zenit
Pax et Gaudium

7 de fev. de 2011

Estado laico ou laicista?



Cristo ensinou “dar a César o que é de César e a Deus o que é de Deus”, isto é, o Estado e a Igreja têm atividades diferentes e devem atuar conjuntamente para o bem do povo. O Estado é laico, quer dizer, não professa uma religião específica, mas deve incentivar o valor religioso, que faz parte da grandeza e da dignidade do homem.

Laicidade, corretamente entendida, significa que o Estado deve proteger amplamente a liberdade religiosa tanto em sua dimensão pessoal como social, e não impor, por meio de leis e decretos, nenhuma verdade especificamente religiosa ou filosófica, mas elaborar as leis com base nas verdades morais naturais. O fundamento do direito à liberdade religiosa se encontra na própria dignidade da pessoa humana.

Infelizmente, mesmo em países de profundas raízes cristãs, como a Espanha, este laicismo radical e anticristão é notado com clareza. Um Estado que tenta impedir a vivência religiosa do povo, especialmente o Cristianismo, com uma ação hostil ao fenômeno religioso e a tentativa de encerrá-lo unicamente na esfera privada.

Tenta-se, assim, eliminar os símbolos religiosos mais tradicionais do povo, como que lhe arrancando as raízes. Ora, retirar, por exemplo, o crucifixo de nossos locais públicos, equivale a eliminar a nossa tradição cristã ocidental. Esse sinal sagrado é para nós o que há de mais importante, significa o respeito ao ser humano, a defesa da justiça, da honra, da caridade, da bondade, da pureza, da verdade, do amor. Quem pode ser contra isso? Que filosofia pode ir contra isso?

Como disse um dos personagens de Dostoiévski, em “Irmãos Karamazóvi”: “Se Deus não existe, tudo é permitido”. Se Deus não existe, então, eu sou deus; essa é a mentalidade laicista que se pretende impor mesmo aos cristãos, baseados numa falsa concepção de que Deus não existe e de que não se pode provar a existência d’Ele.

O Vaticano já chamou de “cristianofobia” a aversão ao Cristianismo, tanto no Ocidente quanto no Oriente. Esta expressão foi introduzida pela primeira vez no ano 2003 em uma resolução do Terceiro Comitê da 58ª Assembléia Geral da ONU, e que compreende os atos de violência e perseguição, intolerância e discriminação contra os cristãos, ou uma educação errônea ou a desinformação sobre essa religião [Cristianismo]. Por isso, hoje, em muitos países, os cristãos são vítimas de preconceitos, estereótipos e intolerâncias.

É uma ideologia racionalista e estimulada por poderosas instituições internacionais, como se pode constatar em uma breve consulta na internet. Algumas “fundações” no exterior destinam muitos recursos para esse fim.

Enfim, o laicismo que hoje vemos é o do Estado que caminha para se tornar um Estado com religião oficial e não um Estado laico: um Estado totalitário ateu, que quer eliminar Deus e a religião e que investe fortemente contra a liberdade religiosa. Um Estado cujo deus é o individualismo, o hedonismo, o prazer material e a “liberdade” para aprovar tudo que desejar, sem restrições morais.

No bojo do laicismo encontramos o que o nosso Papa Bento XVI tem chamado de “ditadura do relativismo”, que surge como uma consequência da “ditadura do racionalismo” ateu e materialista, e que elimina a verdade. Ora, a eliminação da verdade coloca o homem nas mãos do mais forte, do útil, da imoralidade.

Fala-se hoje falsamente em nome da laicidade, mas se pratica o laicismo para bloquear a vida e a atividade, especialmente da Igreja Católica, em sua realidade profunda e positiva.

Prof. Felipe Aquino

3 de fev. de 2011

Mas você sabe o que está dizendo quando louva Maria?



Por Maria Emmir Nogueira, Comunidade Católica Shalom.
Revista Shalom Maná


Você já ouviu gente dizendo “Ave Maria cheia de “graçassssss”? Talvez achem que, acrescentando um “s”, estão acrescentando graças a Maria. Na verdade,apesar de sua boa vontade, estão diminuindo o fato de que Maria é plena, repleta da presença de Deus e a presença de Deus não se divide em partes que se posam contar no singular ou plural.


Outro costume engraçado é quando se intercede pelas ofensas, como se elas fossem capazes de agir por si mesmas. É quando se diz, no Pai Nosso, “perdoai as nossas ofensas”, como se diria “perdoai meu irmão, meu pai, minha mãe”. Na verdade, somos nós, os pecadores, que precisamos de perdão e não as ofensas. Elas não fizeram nada. Fomos nós que fizemos. Porém, para que isso fique claro, deveríamos dizer “perdoai-nos as nossas ofensas”.

Talvez nenhuma oração seja tão pouco compreendida como a Salve Ó Rainha, nome original da prece agora mais conhecida como “Salve Rainha”. No tempo em que São Bernardo compôs esta belíssima oração, era necessário colocar-se o “Ó” para honrar os reis e rainhas. Também naquele tempo – e ainda hoje – ser rei ou rainha significava ser o mais alto, belo e perfeito que alguém pudesse conceber. Ninguém chegava aos pés de um rei ou rainha. Por isso o vocativo “Ó”. Por isso, também, o “Salve” reverente, a saudação utilizada na época para os reis.

Nossa Rainha é também “Mãe de Misericórdia”. Isso mesmo, não “da misericórdia”, mas “de misericórdia”, que significa que ela, além de Rainha, é Mãe. Mãe de Jesus, e portanto Mãe de Deus e nossa Mãe. Nela, misticamente, fomos e somos continuamente gerados como Igreja, como filhos de Deus, como irmãos de Jesus Cristo.

Esta Mãe não é, porém, uma mera geratriz. Ela é cheia de misericórdia. Como toda boa mãe, a misericórdia, isto é, o perdão irrestrito, o interesse absoluto por nossas necessidades, a união com nossos corações, o incentivo a recomeçar sempre enchem seu coração sem deixar espaço para nenhuma mesquinhez.

É por isso que ela é “vida, doçura, esperança nossa”. Como dizem São Luis Grignon de Montfort e São Bernardo de Claraval, nas nossas situações mais difíceis e ainda que nada tenhamos para oferecer a Deus, podemos contar com a doçura de Maria, a nos apresentar ao Senhor que, ao ver quem nos apresenta, nem presta atenção às nossas faltas e feiúra tamanha é a perfeição e beleza daquela que nos apresenta e atrai seu olhar. Ela se torna, assim, nossa esperança e nossa vida unida a Cristo neste mundo e no outro. Vida eterna – Porta do Céu; doçura eterna – intercessora; esperança – gerada pela Mãe de Misericórdia, que jamais desiste de nós.

E o clamor dos degredados? É preciso lembrar. Nós, certamente, somos “degradados” pelo pecado que nos degradou e por nossa culpa em praticá-lo. No entanto, na “Salve Ó Rainha”, somos “degredados filhos de Eva”, isto é, enquanto vivermos aqui na terra, estamos em situação de “degredo”: ainda prisioneiros do pecado de Eva e fora da nossa pátria verdadeira que é o céu. Você se lembra quando o rei de Portugal, na época de nossa colonização enviou para cá os degredados? Pois é. Eram os prisioneiros expatriados dos quais Portugal se via livre enviando-os para a colônia além mar. Como estes, nós também estamos sofrendo o degredo. Por isso clamamos – não somente pedimos, mas clamamos, pois, como degredados, estamos em situação dificílima e nada podemos fazer por nós próprios. Clamamos à Rainha a misericórdia da Mãe, para que ela, Nova Eva, nos conduza ao céu.

Do clamor, passamos ao suspiro com gemidos e choro: “a vós suspiramos, gemendo e chorando neste vale de lágrimas”. O suspiro evoca a saudade do céu, o desejo de estar lá. Enquanto estamos aqui na terra, estamos como que em um vale cercado de montanhas e inundado de lágrimas, pois nela somos prisioneiros do pecado e do sofrimento que o pecado provoca. São o sofrimento e o pecado que nos fazem gemer e chorar nossa condição, da qual não temos como sair sem a ajuda de Maria que nos conduz à salvação conquistada por Jesus.

E o “Eia pois”? É português antigo. Hoje, talvez disséssemos: “É por isso”, ou “E então Advogada nossa”. Esta expressão é uma introdução ao que vamos realmente pedir. Até agora, saudamos a Rainha, louvamos suas virtudes e atributos e colocamos diante dela nossa situação de degredo e sofrimento. Neste ponto, dizemos que “por isso”, “diante dessa situação”, nós a constituímos nossa Advogada, isto é, alguém que fala em nosso nome, alguém que nos defende diante de Deus que é misericórdia, mas também justiça. E o que pedimos à nossa Advogada?

Primeiro, que olhe para nós: “Vossos olhos misericordiosos a nós volvei”. Que volte para nós seu rosto, seu olhar cheio de misericórdia. Em segundo lugar, que nos mostre Jesus depois de nosso degredo, de nosso desterro nesta terra, isto é, por ocasião de nossa morte: “e depois deste desterro, mostrai-nos Jesus”. Em outras palavras, estamos pedindo a Nossa Senhora que olhe para nós com misericórdia e nos leve ao Céu, que nos apresente a Jesus, que não nos deixe sozinhos no juízo, que esteja conosco na hora de nossa morte.

Ao falar de Jesus, que é o grande alvo desta oração tão bela, lembra-se a Maria quem Ele é: o bendito fruto do seu ventre. “mostrai-nos Jesus, bendito fruto do Vosso ventre”. (Aqui tem gente com mania de dizer “bendito é o fruto”, mas isso é dito na “Ave Maria” e não na “Salve Ó Rainha”.) Qual a mãe que não se derrete ao ouvir o nome do filho, especialmente quando é lembrada de sua gestação e, no caso de Maria, gestação milagrosa e felicíssima?

No final da oração, dizemos a Maria o que esperamos dela: clemência, isso é, misericórdia por ocasião do julgamento. Dizemos também porque esperamos dela esta clemência: porque ela é piedosa - isto é, íntima, amiga de Deus. Voltamos, então ao atributo de doçura, a que já nos havíamos referido antes com relação à apresentação que Maria faz a Deus de nossas necessidades: “ó clemente, ó piedosa, ó doce”.

Por fim, lembramos a Maria que Deus a preservou do pecado em sua alma e manteve a integridade do seu corpo de forma excepcional. Sua virgindade corporal antes, durante e depois do parto é sinal de sua concepção sem pecado: “sempre-virgem Maria”. Nossa Mãe e Rainha, como fez no Magnificat, se agrada de cantar conosco as maravilhas que Deus fez nela.

Que tal rezar agora, em homenagem à Rainha que celebramos no dia 22 deste mês de agosto, uma “Salve Ó Rainha” bem rezada, sabendo o que estamos dizendo?

Fonte: Shalom

Pax et Gaudium

2 de fev. de 2011

Quanto vale a Bíblia?



Para a Igreja, que viu a Bíblia formar-se em seu seio, as Santas Escrituras constituem um valor inestimável, digno de veneração. Entre os patriarcados ortodoxos (que hoje somam algumas dezenas), a Bíblia também tem imenso valor, e poderíamos até dizer que as poucas divergências teológicas entre estes grupos se dá exatamente pelo respeito com que tratam a Bíblia.
A partir do século XVI, acontece uma reviravolta no papel que a Bíblia ocupa na Cristandade. Vejamos:
- Protestantes: Lutero introduz o princípio da "Livre Interpretação da Bíblia", pela qual cada ser humano tem o poder de entender a Bíblia conforme lhe parecer. Ora, desta forma, a Bíblia, verdade revelada e objetiva, fica submetida ao subjetivismo de cada um. É com este princípio que começam as múltiplas divisões no Cristianismo e uma queda no valor da Bíblia para muitos.
Partindo da teoria para a prática, é o próprio Lutero quem resolve fazer um tradução da Bíblia a seu modo. Esta tradução, cheia de erros, é atacada ferozmente pelos próprios reformadores. Zwinglio, em seu livro "Dos Sacramentos" acusa Lutero de ter "corrompido a palavra de Deus". Realmente, um exemplo que encontramos é a inserção da palavra "só" em Rm 3,28, que simplesmente não existe no original, mas foi ali acrescentada para facilitar o principio luterano da "sola fides". Esta versão da Bíblia, por seus erros, fez com que o rei Henrique VIII, também reformador, pedisse uma nova tradução da Bíblia, conhecida como "A Bíblia do Bispo", pronta em 1586. Como ainda estava impregnada de erros, só e finalmente em 1881 os anglicanos ganham uma Bíblia melhor, conhecida como a "Versão Revisada" ou "Bíblia do Rei Jacó".
Não bastasse, é também Lutero quem retira determinados livros da Bíblia. Depois desta totalmente traduzida, com seus 73 livros, o reformador percebe que alguns livros causariam problemas para suas teses. Não hesita e suprime vários livros do Antigo Testamento, e a Carta de São Tiago, no Novo Testamento, considerada uma das "cartas católicas". É novamente o barulho dos reformadores que faz Lutero recuar e aceitar como inspirada a incômoda Carta de São Tiago.
- Mórmons: inserem na já sofrida Bíblia um livro advindo de uma "terceira revelação", entregue pelo anjo a Joseph Smith. Este "Livro de Mórmon", até hoje ninguém viu os originais (tábuas de ouro), exceto o próprio Joseph Smith e algumas poucas testemunhas.
O dito livro se confronta diretamente com os demais livros da Bíblia. Seja materialmente, seja formalmente. Em termos de doutrina, mas parece uma novela para adaptar a Bíblia aos ensinos da Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias. Em termos de forma, estranhamente o livro já veio dividido em capítulos e versículos, quando sabemos que tal divisão foi feita pela Igreja, não sendo originária da Bíblia. O livro de Mórmon também traz uma série de nomes "montados", usando termos judaicos e norte-americanos.
- Espíritas: também como terceira revelação, agora dirigida ao francês Allan Kardec. Aparece o "Pentateuco Espírita", conjunto de 5 livros que se choca fortemente com o Antigo Cânon e também serve para adaptar o Cristianismo ao Espiritismo. Adaptações mal feitas, logo aparecem no "Evangelho segundo o Espiritismo", onde temos uma interpretação extremamente livre do Cristianismo. O pior encontramos no livro "A Gênese", onde a passagem para justificar a "terceira revelação" e a "missão de Kardec" simplesmente é uma montagem de trechos bíblicos, fraude tão grosseira, embora engenhosa, onde acontece até troca de sujeitos nas orações. As próprias revelações são desmentidas por um dos co-autores: "São evidentemente o reflexo do que eu sabia, do que pensávamos naquela época."( Camilo Flammarion; in Les morts vivent-isl, p. 89)
- Testemunhas de Jeová: não adotam a técnica da "terceira revelação", mas voltam a antiga prática de fazer traduções dirigidas. Estranhamente, houve uma tradução do inglês para o inglês, já que o fundador de tal religião, Carlos Russell, não sabia grego e ficou conhecido pelo crime de perjúrio, no então tribunal canadense. Melhor seria dizer que a Bíblia aí foi reescrita de modo a anular passagens que iam de contra a doutrina pretendida. Assim, trechos que falam da Divindade de Cristo, da Santíssima Trindade, entre outros, ficaram fortemente prejudicados.
Diante destes fatos, o leitor pode está se perguntando: e minha Bíblia, é confiável ? Basta verificar se sua Bíblia apresenta os 73 livros, e também se consta nela (em geral, na primeira página), o termo latino "Imprimatur" (Imprima-se), o que quer dizer que, ao menos, um bispo católico analisou a edição desta Bíblia.
Outra indagação poderia surgir: tais fatos contribuíram para que muitos não dessem a Bíblia o prestígio que ela merece ? Indiretamente, sim. E a situação se agravaria ainda com alguns filósofos iluministas, que ao zombar da Religião, não podiam deixar de atingir a Bíblia. E o relativismo predominante na sociedade moderna de hoje tem atingido até mesmo muitos católicos. O que podemos fazer é rezar (fé) e procurar instruir as pessoas (obras) ao nosso redor !

Fonte: Veritatis

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"De fato, não há dois (evangelhos): há apenas pessoas que semeiam a confusão entre vós e querem perturbar o Evangelho de Cristo. Mas, ainda que alguém - nós ou um anjo baixado do céu - vos anunciasse um evangelho diferente do que vos temos anunciado, que ele seja anátema. Repito aqui o que acabamos de dizer: se alguém pregar doutrina diferente da que recebestes, seja ele excomungado! É, porventura, o favor dos homens que eu procuro, ou o de Deus? Por acaso tenho interesse em agradar aos homens? Se quisesse ainda agradar aos homens, não seria servo de Cristo." (Gálatas 1, 7-10)

Pax et Gaudium

1 de fev. de 2011

As lições que aprendi com o lápis


Certa vez, alguém, bem inspirado, disse que a vida é um eterno aprendizado, no qual os dias sempre surgem como a oportunidade de aprendermos novas lições. Nestes dias, por exemplo, tenho sido particularmente sugerido por alguns ensinamentos do lápis. Inicialmente, fiquei fascinado com uma frase de Madre Teresa de Calcutá, que olhando para sua vocação, conclui: “Não sou nada, senão um instrumento, um pequeno lápis nas mãos do meu Senhor, com o qual Ele escreve aquilo que deseja”. Quando me deparei diante desse fragmento, fiquei surpreso por encontrar tantas lições veladas em um simples objeto, lições importantes que, se bem aprendidas, nos sugerem uma gama de significados para a nossa vida, nossa história, nossa vocação.

Não gostaria de ser metódico ao discorrer sobre os ensinamentos apresentados pelo lápis, contudo, penso que inevitavelmente o serei, pelo desejo de juntos explorarmos sua riqueza, tal como o garimpeiro se dispõe quando encontra uma mina. Com o lápis aprendemos, primeiro: a lição da confiança e do abandono em Deus. Ele nos sugere que podemos fazer grandes coisas, mas não devemos nos esquecer de que existe uma Mão que guia nossos passos, uma Mão que deseja nos conduzir. É preciso nos submetermos a essa Mão, deixando-nos ser conduzidos e orientados por ela, ainda que não seja do modo como gostaríamos que fosse. Um lápis, sem uma mão que o tome e o oriente, não tem muito sentido.

A segunda lição: na vida da gente, depois de algum tempo tempo,precisamos ser apontados. Passar pelo apontador não deve ser muito agradável ao lápis, mas para que a ponta fique evidente e apropriada para a escrita, ele precisa se deixar cortar. E deixar-se "cortar na carne". É bem verdade que temos medo do "apontador", e isso acontece porque sabemos que afiar a ponta significa quase sempre cortar excessos, aparar o que está sobrando, tirar o que não precisamos mais, e isso é muito difícil, embora seja necessário para o nosso crescimento. A beleza escondida nessa lição nos leva a uma terceira: ao passar pelo apontador, o lápis foi cortado em sua parte externa, mas também em seu interior. O grafite também foi modelado, renovado. Passou por um processo educador, porque educar, ex-ducere,quer dizer, em latim, "evocar a verdade"; tirar, extrair, trazer para fora o novo. O que realmente importa no lápis, não é simplesmente a madeira ou seu aspecto externo, mas sobretudo, o grafite que está dentro. Para que a escrita fique perfeita, a ponta precisa ser feita por inteiro, daí a importância do cuidado com aquilo que acontece em nosso interior.

A quarta lição: o lápis sempre permite que usemos uma borracha para apagar aquilo que estava errado. A necessidade da borracha nos faz abandonar atitudes e vícios, nos faz mudar comportamentos, mentalidade, convicções... E nos faz olhar em outras direções, pedir perdão, voltar atrás, recomeçar, superar o egoísmo e a autossuficiência. É interessante como, de um modo admirável, o lápis nos ensina a necessidade que temos da "borracha" quando estamos diante do erro.

Finalmente, a quinta lição é que o lápis sempre deixa uma marca. Tudo o que fazemos, de algum modo, marca as pessoas, e marca, sobretudo, nós mesmos. A qualidade dessas marcas sempre resulta das escolhas que fazemos diante daquelas outras lições. É preciso deixar as boas marcas para as quais o lápis foi gerado. Se ainda não as [boas marcas] deixamos, é tempo de recomeçar. É tempo de escrevermos uma nova história. É preciso, tal como o lápis, nos abandonarmos. O tempo é agora. O tempo é neste dia que se chama HOJE. Um Bom Mestre está sentado à mesa e à Sua frente há um lápis, um apontador, uma borracha e uma folha em branco assinada. Ele olha para a folha, toma o lápis em Sua Mão e concorda com Santo Agostinho dizendo:“Ter fé, isto é, se abandonar, é assinar uma folha em branco e deixar que Deus escreva nela com o lápis da nossa vida o que quiser”.

Seu irmão,

Jerônimo Lauricio (Discipulado 2011 - CN)
14/01/2011 - 10h00