Qualquer estudante de Jornalismo pode ressaltar que, na Colação de Grau, juram pela verdade e nada publicarão de maneira tendenciosa. Serão sempre neutros e noticiarão em nome da Justiça e da Ética. Óbvio que isso, na realidade, não existe. Até existe, mas são pouquíssimos (e estes quase não têm ibope, infelizmente). Já está escarrado em nossas caras a imprensa marrom, a falta de neutralidade nas notícias, bem como a maneira de subverter a verdade em prol do dinheiro.
Na atualidade, nunca se falou tanto em "direitos humanos". E neste campo, tudo o que é tido como religioso (leia-se católico) é contra estes direitos, a saber: aborto, casamento homossexual e adoção por pares homos, anticoncepcionais artificiais, etc. Para afirmar na imprensa que devemos ser contra estes princípios, os jornais não se cansam de trazer notícias de pedofilia, homossexualismo ou qualquer outro escândalo que envolva o Clero - passando a imagem de que só no Clero é que existam coisas do tipo. Mas por que a mídia se cala, literalmente abafa notícias que "desfavoreceriam" os que rogam pelos direitos "humanos"?
Enquanto a mídia escancara a matéria em que a Academia Islâmica exige do Papa Bento XVI pedido de desculpas pelas Cruzadas (é, as Cruzadas, aquilo que salvou a Terra Santa de um muçulmanismo total, e que por meio delas chegou até nós a Cultura, a Ciência - toda a sorte de Ciência -, a Filosofia, a Literatura, a Música, a Universidade, bem como a liberdade de crer em que quiser, e não apenas em Alá); a mídia abafou a morte do médico ginecologista norte-americano Bernard Nathanson, que tornou-se militante pró-vida após abortar cinco mil crianças. Sua história é belíssima. Este homem se converteu após assistir pelo ultrassom um de seus abortos. Ao ver que a criança lutava para sobreviver, sentiu-se tão culpado que mudou de lado imediatamente. Morreu defendendo as causas evangélicas e a vida. Apenas o jornal Gazeta do Povo midiou (porque o jornalista é católico!). E a Globo? Record? Folha de São Paulo? Nada. E por que? Porque se liberamos uma notícia dessas, permitimos que a população pense (e pensar nunca é bom para eles, os "donos do mundo") que o aborto pode ser re-pensado como um crime, e não como um direito da mulher que carrega o bebê. Você me entende?
Outro fato que a mídia não noticiou foi o assassinato de um menino de 6 anos por um par de gays. Segundo a matéria, o menino morreu após seus "pais" o obrigarem a relacionar-se sexualmente com eles. Você se lembra de ter lido isso em algum jornal? Ouviu no rádio, talvez? Na televisão? Não...
Que coisa, não?
O objetivo deste artigo não é safar os sem-vergonhas que estão dentro da Igreja. Há, de fato, muita maçã podre. Porém, o que eu quero - e é o que eu realmente quero - é que a mídia seja um instrumento da verdade. Já está exaustivo perceber que o sensacionalismo, que a necessidade de re-transmitir matérias que inibam o pensamento crítico seja o motor da imprensa. Queremos algo realmente verdadeiro, que fale a verdade, que noticie a justiça e que abandone a mentira em nome do dinheiro, pois se continuar assim, nós, cristãos, teremos apenas dois nomes: o de homofóbicos e o de preconceituosos.
Que São Francisco de Salles e Santa Joana de Chantal, padroeiros dos jornalistas, roguem por nós e pela verdade.