1 de jun. de 2011

Da Orfandade

Por Igor Rafael



Uma mentira contada como verdade, começa a ter aparência dela. Todavia, para o desassossego daquela que tem pernas curtas, a verdade nunca vai deixar de ser a verdade e quem tem o bom senso de acreditar nela sempre vai ser maioria.

Para se seguir a verdade é necessário um tanto de humildade, visto que ela não irá mudar, a única coisa que se pode fazer é aceitar. Por outro lado, a mentira faz com que o mundo seja o que nós criamos. A mentira amacia o nosso ego, a mentira nos deixa ter razão. Mas, ela? Logo ela que não fez nada e, pelo contrário, por seu sim nos trouxe a salvação? Ela, que carregou o nosso Céu dentro de si, já pertencendo a Ele? Logo ela, que foi a mais agradável filha, que foi a mais amável mãe, e que foi a mais fiel esposa de Deus, e que, além do mais, não haverá outra igual, é sujeita a tais patifarias!

Uma mulher normal... É bem suspeito ser verdade pensar assim, porque Jesus é considerado verdadeiro homem. Sendo assim, Maria é verdadeira mulher, as outras tão somente tentam ser, assim como nós, homens de bom senso, tentamos nos igualar a Cristo. Falando nisso, as mulheres que não têm essa Mulher como modelo, não se sabe o que têm. Vão cada vez mais se tornando machos por tentarem se assemelhar a Cristo, que, sendo Deus, nasceu homem.

Que não venham dizer, de outra maneira, que ela era uma mulher como outra qualquer! Um argumento desse tipo parece mais uma loucura, até mesmo sintoma de demência, do que algo que algum ser racional possa dizer! Uma mulher que é esperada desde o Gênesis (Gên. 3, 15), e por Deus coroada (Apo 12, 1) é uma mulher como outra qualquer? A mãe de Deus feito homem e, assim como Ele, modelo de obediência é uma mulher como outra qualquer? Se Cristo foi verdadeiro homem, Ele só amava ao Seu Pai mais do que a sua mãe, Maria. Pois é isso que ela é, a mulher mais amada por Deus Pai, Deus Filho e Deus Espírito Santo!

Jesus, na sua Cruz, ofereceu a sua vida por nossa salvação. Mas, não só a sua vida, ofereceu também tudo que lhe restava, seu maior bem nesse mundo a toda a humanidade. Infelizmente, assim como o seu doloroso sacrifício como Deus não é acolhido por muitos, a sua mais amorosa oferta feita por sua identidade humana também não é.




Pax et Gaudium!