4 de out. de 2010

“Não julgueis, e não sereis julgados”

    


       O título dessa formação é retirado de Mateus 7, que inicia o capítulo com uma exortação de Jesus para os seus discípulos. O sentido que tem aqui o verbo "julgar" não é simplesmente fazer-se uma opinião, algo que dificilmente poderemos evitar, mas julgar duramente, ou seja, condenar os outros. Continuando a passagem:“Porque do mesmo modo que julgardes, sereis também vós julgados e, com a medida com que tiverdes medido, também vós sereis medidos.Por que olhas a palha que está no olho do teu irmão e não vês a trave que está no teu? Como ousas dizer a teu irmão: Deixa-me tirar a palha do teu olho, quando tens uma trave no teu? Hipócrita! Tira primeiro a trave de teu olho e assim verás para tirar a palha do olho do teu irmão”. O julgamento pertence a Deus e não a nós, porque só Deus conhece a fundo o coração do homem – “O homem vê a face, mas o Senhor olha o coração” I Samuel 16,7 – Aqueles que se auto-declaram juízes dos outros tem uma atitude irresponsável, portanto buscam tomar o lugar de Deus que é o único que detém o poder de julgar-nos. A medida que usarmos com os outros, usarão conosco. Creio que metade das coisas que julgamos errado nos outros, não queríamos nunca que fosse julgado em nós mesmo.
       Existem muitos jovens que adquiriram o vício de julgar o próximo, seja qual for a situação, o próximo é sempre olhado com um olhar de condenação, mesmo que esse tenha tido um ato justo, honesto e verdadeiro, continua sendo julgado com a mesma intensidade. Portanto é através da oração do Pai Nosso que devemos pedir a conversão constante dessas pessoas, quando a oração nos fala: “perdoai as nossas ofensas, assim como nós perdoamos a quem nos tem ofendido”. A oração do Pai Nosso nos faz perceber que o nosso Deus é um Pai amoroso e cumula de bênçãos aqueles que vivem na retidão, na justiça e no amor (I Cor 13).
       Fecho essa formação direcionando essas palavras para os jovens que não caíram em si, e não reconheceram os seus erros e limitações, mais se preocupam muito mais em falar da vida alheia do que procurar a sua santificação. Já dizia um grande santo da Igreja, santo Padre Pio de Pietrelcina:“Santifique-se para Santificar”. Olhe para si e perceba quantos erros você tem, antes de olhar para os erros do seu próximo. Quer ser um jovem santo? Santifique-se! Não deixe que a peste do erro e do vício lhe aprisione. Ou Santos ou nada! Termino com as palavras do poeta:"Descompromissados com o próprio rumo, desprovidos de caráter e coragem, desatentos ao próprio tesouro... Caem. Desacordam todos os dias; não mensuram suas perdas e imposturas! Não almejam. Não alma. Já não mais amor. Assim são... Os insetos interiores"

"Et cognoscentis veritatem et veritas liberabit vos"(João 8,32)

Deus abençoe... Pax et Lux!

Att,

Jorge Luis