"Não tenhais cumplicidade nas obras infrutíferas das trevas; pelo contrário, condenai-as abertamente" (Ef 5,11)
O diretor de O País do Desejo, Paulo Caldas, admitiu ter tentado provocar a Igreja Católica com seu filme. Na história, Fábio Assunção vive um padre que defende o aborto em casos específicos e acaba largando a batina após se apaixonar por uma pianista.
“Nos meus filmes eu sempre procuro alguma forma de provocação, como provocar as instituições. E a igreja é uma delas”, disse o diretor ao Terra. Questionado se uma reação institucional da igreja seria bom para o filme, Caldas ri e não desconversa: “isso seria ótimo”.
Exibido pela primeira vez no Brasil na noite de ontem, em Gramado, o País do Desejo recebeu críticas nesta manhã. O filme foi considerado curto, sem espaço para mostrar as dúvidas do padre e com um excesso de frases de efeito.
Caldas rebateu insinuações de que o filme não teria “sua cara” e diz que busca fugir do rótulo do cinema pernambucano. “Esse negócio de colocar fronteiras para filmes não me interessa”, disse o diretor, que sustentou que seu filme foi bem recebido na Itália, ao contrário de Gramado. “Talvez ele seja mais um filme italiano”, brincou. Fábio ou Lázaro O ator Lázaro Ramos chegou a ser cogitado para o papel do padre José, quando a intenção era chamar a obra de “Amor Sujo”.
Caldas acredita que um ator loiro e de olhos claros em um filme rodado em Pernambuco poderia ser mais provocador. Fábio Assunção teve ajuda de um integrante da Associação dos Padres Casados para conceber seu personagem. Ele disse que não fez nenhuma preparação específica e resume o longa-metragem como “uma história de amor, mas antes do amor acontecer”.
Misericórdia, Senhor!
“Não perca o caminho do bem, distraindo-se com as coisas deste mundo.” (Pe. Pio)
Pax!
Fonte: Nossa Senhora de Medjugorje